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Recursos de R$ 270 milhões são destinados à inovação na cadeia automotiva

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou na última terça-feira (21/11) do anúncio de mais R$ 270 milhões para inovação e eficiência energética na cadeia de autopeças e demais fornecedores automotivos. Os recursos fazem parte do programa Rota 2030, em fundos administrados pelo Senai e pela Embrapii para transformação tecnológica do setor.

Este é o segundo anúncio do tipo em menos de um mês. No último dia 24 de outubro, a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre MIDIC e BNDES incluiu o banco de desenvolvimento entre os operadores dos fundos dos Programas Prioritários do Rota 2030 – destinando, nesse caso, R$ 200 milhões para descarbonização automotiva.

Durante o evento, o ministro falou dos investimentos do governo em projetos de inovação e sustentabilidade e sobre o lançamento do novo programa Brasil Mais Produtivo, na semana passada, que destinou R$ 2 bilhões para a transformação digital de micro, pequenas e médias empresas industriais. “E agora, hoje, R$ 270 milhões não reembolsáveis para a área de inovação, pesquisa e desenvolvimento do setor automotivo, de autopeças, importante para a indústria brasileira. (…) Nós não podemos dispersar recursos. Temos que ter foco e cobrar resultados na inovação”.

Projetos Estruturantes

Entre as ações previstas com os novos recursos, está o lançamento de um edital conjunto de R$ 133 milhões para projetos estruturantes, destinado a propostas que envolvam alianças entre empresas e institutos de pesquisa. As propostas apresentadas deverão ter valores entre R$ 10 milhões e R$ 60 milhões, considerando recursos provenientes do Rota 2030.

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, o Brasil tem grande potencial de fortalecer a indústria automotiva do país por meio da inovação. “Para termos uma indústria automotiva cada vez mais sustentável, com veículos que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa, é preciso investir em inovação e tecnologia, além de fomentar uma cadeia produtiva que trabalhe de forma integrada. Os projetos estruturantes são uma oportunidade de promover o desenvolvimento do setor e garantir autossuficiência para as empresas brasileiras”. Alban lembrou que o setor automotivo foi o primeiro no país a identificar a importância do encadeamento produtivo. “Esse é o grande mote da neoindustrialização”, cravou.

Os projetos estruturantes são executados e monitorados por diversos stakeholders, que vão desde institutos de ciência e tecnologia até empresas parceiras e entidades representativas, como associações. O objetivo desses projetos é promover o desenvolvimento disruptivo do setor automotivo para o alcance da independência tecnológica em áreas estratégicas.

Chico Saboya, presidente da Embrapii, destaca a necessidade de fortalecer o ecossistema produtivo. “Precisamos incentivar o adensamento de cadeias industriais no Brasil, utilizando os nossos diferenciais e agregando inovação, que possa inclusive competir em âmbito internacional. É necessário utilizar os mecanismos atuais de uma forma mais estratégica e que possibilitem maior impacto em direção à neoindustrialização. Por meio do Rota 2030, queremos mudar o patamar da indústria automotiva instalada no Brasil, promovendo maiores ganhos setoriais”, afirma Saboya.

No evento, ele ainda destacou: “A nova estratégia de industrialização, com ênfase na inovação, é algo que nunca vimos antes. Nunca tivemos um cenário tão promissor. Temos convicção de que vale a pena investir e fazer da inovação o cerne da estratégia de todo e qualquer negócio”.

Demais ações

Os demais investimentos de Senai e Embrapii contemplam as seguintes linhas:

Alianças Industriais com empresas habilitadoras de tecnologias 4.0 para acelerar a inovação nas fornecedoras das grandes montadoras automotivas e para estimular projetos de pesquisa e desenvolvimento em toda cadeia, com disponibilização pelo Senai de R$ 70,4 milhões. Dos quais R$ 44 milhões já estão em contratação.

Projetos Excepcionais, nos quais a Embrapii irá disponibilizar R$ 30 milhões para projetos de PD&I de MPMEs com até 100% de recursos não reembolsáveis.

Consultorias para aumentar a digitalização e a produtividade das empresas fornecedoras que precisam alcançar as novas exigências tecnológicas da cadeia automotiva, com disponibilização pelo Senai de R$ 34 milhões, alcançando mais de 190 empresas;

Lançamento de cursos MBI e de oficinas on-line abertas para incentivar as discussões em relação a aplicação de tecnologias 4.0 e mobilidade.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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